sexta-feira, 12 de agosto de 2011
terça-feira, 2 de agosto de 2011
Relatório do 3º Encontro
O 3º encontro das participantes do Ciranda Literária não aconteceu no dia 22/06, como estava previsto. A forte chuva, o frio intenso e o fato de ser véspera de feriado parece ter contribuído para a falta de quórum. Nossa querida participante Maria da Luz veio com sua costumeira vontade de partilhar reflexões sobre a leitura. Juntamente com ela, chegamos à conclusão de que o ideal seria remarcarmos a data do encontro.
Assim, no dia 13 de julho, realizamos nossa conversa a respeito do livro São Bernardo, de Graciliano Ramos, na biblioteca do CEC. Para mediar a troca de pontos de vista acerca da obra, tivemos a presença marcante da professora Silvana Gili, que encantou a todas com sua sensibilidade e profundo conhecimento literário. Silvana é apaixonada pela leitura e pela literatura. Trabalha como voluntária na Biblioteca Comunitária Barca dos Livros, aqui em Florianópolis.
Entraram na roda temas, como a reificação humana, o egoísmo, a objetividade implacável, a personalidade arrebatadora e bruta do protagonista-narrador, Paulo Honório. Por outro ângulo, observamos também a contraditória atitude dele em relação ao tratamento humano dado à velha doceira Margarida, bem como à iniciativa dele de escrever um livro. Neste ele conta sua história, como um meio para entender sua própria mente conflitante e os trágicos acontecimentos que permearam sua existência.
Nossa mediadora, Silvana, trouxe pontos muito interessantes para a reflexão, contribuindo de forma enriquecedora para a consolidação das ideias do grupo. Agradecemos-lhe imensamente a sua importante presença e esperamos contar com ela em outros encontros.
Ao final, as participantes fizeram o empréstimo do livro O Alienista, de Machado de Assis que será o centro das atenções no próximo encontro.
quarta-feira, 15 de junho de 2011
segunda-feira, 23 de maio de 2011
RELATÓRIO DO 2º ENCONTRO
Infelizmente o escritor teve um problema de saúde que o impossibilitou de participar da conversa. Mesmo assim, o grupo não desanimou. Ao contrário, a obra foi relida animadamente sob diversos aspectos e ângulos, mais precisamente sete pontos de vista, ora difusos, ora congruentes.
O poético, a literalidade, a intertextualidade presentes na obra, além da relação do autor com a Ilha e o mar, a solidão, o saudosismo, foram abordados pelas participantes presentes. Maria, por exemplo, ressaltou logo de início, sua identificação com a forma poética de o autor se referir à Ilha, especialmente, à Lagoa. A temática da Ilha também atraiu Bernadete, que é paulista, para a leitura, que lhe pareceu uma autobiografia. Aliás, o grupo conversou muito sobre essa faceta da obra que não parece se restringir apenas às crônicas Moradas Volantes, Banho de fosso e Escrito em vermelho, como diz Dorva Rezende na apresentação. Heliete expôs que só depois que leu a sentença “Ilha das tormentas”, proferida pelo personagem taxista, na crônica Jamais a Natureza, é que se deu conta do saudosismo do narrador em relação a uma ilha idealizada, em contrapartida à crítica dele, voltada para a cidade real, invadida e transformada pela modernidade. Um saudosismo às avessas, como lhe pareceu, contrapondo o narrador/escritor ao romântico Gonçalves Dias. Tal descontentamento pareceu explícito a Lidyani desde a primeira crônica, Cidades Marinhas ou que seriam. Ela inclusive atribuiu esse mesmo “olhar” do escritor à crônica A solidão é azul exorbitante, em que o narrador expõe mais explicitamente o quanto a realidade o choca.
Consideramos a intertextualidade um dos pontos altos da obra. Muitas referências não identificamos, outras, mais evidentes, foram lembradas. O grupo leu também A arte de ser feliz, de Cecília Meireles e o poema Violões que Choram, de Cruz e Sousa. Este último na obra: Cruz e Sousa: Poesia e Imagem, organizada por Juliana Dalla, em que inclusive deciframos um dos enigmas: quem era Gavita? O “Aurélio”, trazido ao grupo pela Lidyani, ajudou-nos a descobrir o outro enigma: quem ou o que era Ondina?
De fato foi uma boa conversa, com aquele gostinho de quero mais e também com aquela sensação de crescimento do grupo. Como disse Maria: _ “Na primeira leitura, não estava entendendo as coisas que o autor colocava. Depois, lendo uma segunda vez, você já entra na linguagem dele. Fica mais acessível”.
Para encerrar as atividades do encontro, alguns livros de literatura infantil e juvenil do acervo do Clube da Leitura foram colocados à disposição do grupo para empréstimo.
Ao final, todas as participantes presentes receberam um exemplar do livro A Ponte Sumiu, doado pelo próprio autor, Carlos Stegemann.
quarta-feira, 27 de abril de 2011
Cidades Marinhas: solidões moradas
Como está a leitura de "Cidades Marinhas: solidões moradas", de Dennis Radünz?
Em que ponto do livro estão e o que estão achando até o momento?
Mal podemos esperar pelo nosso próximo encontro, marcado para o dia 18 de maio às 18h30min, na Biblioteca Central. Será o momento ideal para expormos e trocarmos nossas impressões, curiosidades, indagações, sugestões ... sobre essa obra. O autor já é presença confirmada. Nossa expectativa é de que teremos uma noite de bate-papo agradável e de um convívio social e literário enriquecedor.
Até lá!
A Coordenação
segunda-feira, 25 de abril de 2011
segunda-feira, 28 de março de 2011
1° Encontro
Conforme as pessoas presentes foram se apresentando, percebemos que suas expectativas em relação ao projeto não correspondiam ao objetivo dele. Esses educadores esperavam ampliar seu conhecimento sobre literatura infantil e juvenil catarinense e aprender novas dinâmicas de trabalho de leitura, para realizarem com seus alunos. Esclarecemos a eles que tal proposta é a do Projeto Clube da Leitura: a gente catarinense em foco. O Ciranda Literária não a contempla. Ele está voltado para a construção de uma comunidade de leitores e escritores entre os profissionais da Rede Pública Municipal de Ensino. Em outras palavras, a ideia central é formar uma rede de educadores leitores, dispostos a trocar leituras, discutir temas, conhecer diferentes pontos de vista e divertirem-se a partir da leitura de obras literárias, além de conhecerem escritores catarinenses convidados.
No segundo momento do encontro, tivemos a presença da nossa ilustre convidada, a escritora Yedda de Castro Goulart, que nos presenteou com uma reflexão acerca da importância da leitura literária.
O texto da palestra da escritora Yedda ficará registrado em uma postagem neste blog.
Ao final do encontro compartilhamos um café, conversas, ideias...